Um primeiro ponto que devemos abordar quando tocamos neste assunto é o conceito de “espaço-tempo”, definida por Albert Einstein na Teoria Geral da Relatividade (não vou abordar totalmente este assunto neste post, pois não é seu objetivo, mas pretendo falar sobre ele mais tarde). Basicamente, espaço-tempo pode ser dito como uma estrutura que combina as três dimensões do espaço (largura, altura e profundidade – demonstradas na matemática como sendo os eixos x, y e z) com a dimensão única de tempo, apresentando a existência de um universo quadri-dimensional.
Após se dedicar ao problema da gravidade – como dois corpos, como a terra e a lua, conseguem se atrair a uma distância tão grande no espaço vazio –, Einstein chegou a conclusão que o grande mistério da gravidade estava na própria natureza do espaço-tempo, que apresentava uma estrutura muito mais flexível que o previsto.
Para facilitar a visão sobre este conceito, podemos compará-lo a um trampolim. Quando inserimos nele um objeto, como uma esfera, com o peso maior, a consequência lógica será o trampolim se esticar em direção ao chão pela atração gravitacional, gerando uma cavidade. Ao lançarmos uma outra esfera de peso na cavidade a uma determinada velocidade, ela irá se mover ao redor da esfera maior, percebendo assim que este era o verdadeiro funcionamento da gravidade: ela é a deformação causada no espaço tempo pelos elementos nele, ou a forma do espaço tempo.
Agora chegamos ao ponto em que queríamos chegar: como viajar no tempo utilizando a gravidade? A resposta é simples: buracos-negros. No centro de nossa galáxia existe um buraco-negro super-massivo, contendo a massa de 4 milhões de sóis pressionados em um único ponto por sua própria gravidade. Quanto mais próximo você se encontrar dele, maior será a atração gravitacional, aproximando-se mais nem mesmo a luz conseguirá escapar, ficando presa em uma esfera de 50 milhões de milhas (cerca de 80467200 Km) de diâmetro. Um buraco negro, como este, produz um efeito extraordinário no “tempo”, diminuindo a sua velocidade, fazendo dele uma máquina do tempo natural. Obviamente, encontraríamos uma dificuldade para sairmos da órbita: precisaríamos estar em uma certa trajetória e velocidade para conseguirmos escapar de sua atração gravitacional.
Uma equipe controlando a missão da terra (ou qualquer outro ponto distante do buraco negro), eles perceberão que cada órbita completa demorará 60 minutos, mas para as pessoas a bordo da nave, de acordo com Hawking no vídeo intitulado “Black hole time travel“, a passagem do tempo irá diminuir de velocidade. O efeito gerado pela influencia gravitacional será tanta que a cada 60 minutos vividos na terra, eles somente experimentarão 8 minutos. Fazendo cálculos simples de regra de três, perceberemos que a cada 24 horas na terra, a noção de tempo na nave será de 3,2 horas. Supondo que eles fiquem em órbita por 5 anos (na nave), quando voltarem pra casa terão se passado 16 anos na terra, tendo viajado assim não somente pelo espaço, como também no tempo. O problema é que essa tentativa seria extremamente perigosa, e não nos levaria a um futuro muito distante.
A outra possibilidade pra se viajar no tempo é a mais clássica (abordada em “De volta para o futuro”) é a velocidade. Mas ao contrário do filme, seria necessário uma velocidade muito superior aos 88 milhas por hora em um DeLorean com um capacitador de fluxo para se fazer uma viagem considerável no tempo. Einstein defendia a ideia de que nada no universo poderia viajar tão rápido quanto a luz – aceita hoje com o valor de 299.792.458 m/s –, definindo assim sua velocidade como um “limite cósmico”. Nada* pode exceder esta velocidade, mas ainda pode chegar muito próximo. A teoria aponta que você viajar a uma velocidade perto da velocidade da luz te levará ao futuro. Poderíamos imaginar um trem imaginário ao redor de todo o globo e usa-lo para que ele se aproxime desta velocidade – se aproximar da velocidade da luz significa fazer o percurso ao redor da terra 7 vezes por segundo, lembrando que ele nunca poderá alcançar realmente a velocidade da luz, de acordo com as leis da física.
O Universo de Stephen Hawking – Ep. 2 Viagem no Tempo
Ao chegar a uma velocidade próxima a da luz, o tempo dentro do trem começará a passar mais devagar que no resto do mundo (assim como quando nos aproximamos do buraco negro). Isto acontece exatamente para proteger esse limite cósmico de velocidade. Um exemplo abordado no vídeo seria de uma criança correndo no interior do trem: dependendo da velocidade que o trem estivesse, ela conseguiria ultrapassar a velocidade da luz, mas isto não ocorre pois a velocidade dentro do trem passará mais devagar (ela poderá correr tão rápido quanto quiser que o tempo dentro da nave sempre irá diminuir para proteger este limite). Os passageiros deste trem, viajando a somente uma semana, estarão 100 anos no futuro. Pena que a construção deste trem seria, no mínimo, improvável e claro, essas duas possibilidades somente permitiriam a viagem para o futuro, em breve postarei algo relacionado a viagem de volta ao passado e buracos de minhoca. (Patrick Pierre – scientiauniversi)
*Já obtivemos resultados de neutrinos que ultrapassaram a velocidade estabelecida pela luz.
Agora a pergunta que poderia acabar com as Viagens no Tempo. Porque não há viajantes do tempo entre nós?
Bem, poderia ser uma desculpa para os que não acreditam que um dia isso seria possível só que nem todos teriam acesso a esta tectonologia. E aqueles que a tivessem claramente trabalhariam para organizações de topo nas quais estariam sendo monitoradas pelos governos. Só que isso não impediria em nada tentarem voltar ou avançar no tempo. O que nos garante que não tivemos viajantes do tempo no decorrer da história? Um pequeno exemplo é o conhecimento avançado de algumas das civilizações antigas nos quais é evidente de que seria possível que tiveram influência externa para tais habilidades. A inclusão de mecanismos sutis a percepção de todos mas que de alguma forma alterou a velocidade do conhecimento humano em determinadas regiões do globo. Ou até mesmo ações de ordem mundial para que o presente sofresse alterações nas quais só poderíamos ver resultados num futuro distante.
Lembrando que são apenas hipóteses. Teorias.
Quem sabe num futuro as viagens no tempo não sejam nada mais que excursões de alunos para aprenderem mais sobre de onde viemos. Estudiosos coletando dados e estimando erros que tivemos para que não erremos no atual presente. Lógico que isso teria enormes regras e uma conscientização total da humanidade naquele período do tempo. Quem não gostaria de estar presente em eventos históricos? Não podemos saber se isso é possível pois são “eventos” e não programamos a história que virá a ocorrer más se a viagem no tempo for possível fica claro que poderemos moldar a história de acordo ao bem querer de quem a controlar.